sábado, 13 de agosto de 2011

Aristóteles : O Conceito de Política


Aristóteles começou a escrever suas teorias políticas quando foi preceptor de Alexandre, “O Grande”.
Para Aristóteles a Política é a ciência mais suprema, a qual as outras ciências estão subordinadas e da qual todas as demais se servem numa cidade.
A tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir a felicidade coletiva.
Segundo Aristóteles, a pouca experiência da vida torna o estudo da Política supérfluo para os jovens, por regras imprudentes, que só seguem suas paixões.
Embora não tenha proposto um modelo de Estado como seu mestre Platão, Aristóteles foi o primeiro grande sistematizador das coisas públicas.
Diferentemente de Platão, Aristóteles faz uma filosofia prática e não ideal e de especulação como seu mestre.
O Estado, para Aristóteles, constitui a expressão mais feliz da comunidade em seu vínculo com a natureza. Segundo Aristóteles, assim como é impossível conceber a mão sem o corpo, é impossível conceber o indivíduo sem o Estado.
O homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade.
A polis grega encarnada na figura do Estado é uma necessidade humana. O homem que não necessita de viver em sociedade, ou é um Deus ou uma Besta.
Para Aristóteles, toda cidade é uma forma de associação e toda associação se estabelece tendo como finalidade algum bem.
A comunidade política forma-se de forma natural pela própria tendência que as pessoas têm de se agruparem. E ninguém pode ter garantido seu próprio bem sem a família e sem alguma forma de governo.
Para Aristóteles os indivíduos não se associam somente para viver, mas para viver bem. Dos agrupamentos das famílias forma-se as aldeias, do agrupamento das aldeias forma a cidade, cuja finalidade é a virtude dos seus cidadãos para o bem comum.
A cidade aristotélica deve ser composta por diversas classes, mas quem entrará na categoria de cidadãos livres que podem ser virtuosos são somente três classes superiores: os guerreiros, os magistrados e os sacerdotes. Aristóteles aceita a escravidão e considera a mesma desejável para os que são escravos por natureza.
Estes são os incapazes de governar a si mesmo, e, portanto, devem serem governados.
Segundo Aristóteles, um cidadão é alguém politicamente ativo e participante da coisa pública.

Segundo Aristóteles, sem um mínimo de ócio não se pode ser cidadão. Assim, o escravo ou um artesão não se encontra suficientemente livre e com tempo para exercer a cidadania e alcançar a virtude, a qual é incompatível com uma vida mecânica.
E os escravos devem trabalhar para o sustento dos cidadãos livres e virtuosos.

Aristóteles contesta o comunismo de bens, mulheres e crianças proposto por Platão. Segundo ele, quanto mais comum for uma coisa menos se cuida dela.

Fonte: http://pt.shvoong.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário